Quando escutei aquela estória de que "quem soltar o elástico primeiro machuca o outro" encontrei a resposta: você soltou o elástico. Eu puxei muito, não foi? É que achei que puxando tanto o elástico que existia entre nós, e nos mantinha ligados, conseguiria aproximá-lo de mim. Mas você resistiu, ficou paradinho lá no seu altar, e até o amor tem um limite: a gente puxa, puxa, puxa, mas ele acaba. O amor é forte e corajoso, mas não resiste ao desamor.
   Enfrentei mares e marés, ventos e tempestades na minha cegueira: não ouvi -e nem quis ouvir- seus sinais que gritavam a sua não profundidade. Você tentou me dizer quando, por exemplo, nem se dispôs a dançar comigo. Afinal, o amor, a paixão e a vida são uma dança. Você não quis dançar comigo.
   Então, o resto você sabe: você soltou o elástico e eu caí. Eu sei o que parece: depois da queda, parece que fiquei lá, parada como quem espera. Para um espectador, soava tragicômica a imagem: estática, afogada num emaranhado de nós -que você me deixou de herança- esperando, com meu abraço quente, você voltar. E pior, enquanto lutei com cada mísero nózinho que você atou em mim soava, ainda, como se estivesse remendando aquele nó principal que nos uniu - e não dizem que o amor não cria nós, cria laços? Mas não. Enquanto desatava os nós, fiquei quieta para ouvir: ouvir a vida e, aí, eu aprendi que a gente acha que pode ressignificar uma história mas não pode. Ela continua lá: escrita do jeitinho que aconteceu. Mesma história. Mesmos personagens. Mesmos erros e mesmos acertos. Marcada a ferro na pele da gente. E com tantas marcas, eu não pude mais lutar por nós, eu precisei lutar por mim. Decidi lutar por mim antes que me perdesse, afinal, ninguém o faria.
   E dessa vez fechei a porta. Fechei a porta e joguei a chave de uma ponte: deixar que o destino e as águas a carreguem para onde ela tiver de ir. Já tracei outro caminho, outros ares, mas não me segue porque eu estou perdida: vou sem mapa e sem pretensão para voltar. E, no fim, podemos concordar que não foi nem desistir: é que não tinha mais o que largar. Os laços nunca existiram e os nós sempre estiveram desatados, não é?


Ane Karoline

   Provando que o ser humano é um ser sociável, fui indicada para responder uma tag. A tag consiste em escrever 11 fatos sobre mim, responder 11 perguntas do blog que me indicou, criar 11 perguntas para outros 11 blogs com menos de 200 seguidores - os quais eu vou taguear-, linkar de volta o blog que me tagueou e colocar meu selo do Leibster. Já perceberam que uma teia imensa de indicações e afins, né? Pois vamos lá.


 

 


   Exaustivamente, escuto perguntas como "como você começou a gostar de ler?", "como você consegue passar tanto tempo lendo?". Bom, venho aqui para compartilhar mais uma das alegrias oriundas do hábito da leitura e, dessa vez, envolve uma grande interação com outras pessoas (rá!). Acompanhem o acontecido.
   Há algumas semanas atrás, recebi um e-mail misteriosíssimo me dizendo que tinha sido escolhida para participar de um desafio literário. A primeira etapa era composta de algumas missões e uma delas era escrever um conto inspirado em alguns contos do escritor Edgar Allan Poe e fazer uma capa para esse conto. Bom, desafio dado: desafio cumprido. 

AS SETE VIDAS TRANCADAS NO POÇO DOS DESEJOS
 

 

   Quando foi que a honestidade começou a doer? É que só pode ser esse o motivo de ser tão evitada: dor. Afinal, não existe outro motivo bom o suficiente para que se possa deixar de lado a sensação de veracidade. Ou existe?
   Para a minha personalidade inquieta, é impossível compreender a razão de esconder a verdade. Porque não ser o primeiro a dizer "eu te amo"? Medo? Mas medo de dar amor? Não pode. Não precisa. É tudo muito mais simples. Já reparou na beleza do céu, logo pela manhã? E quando começa a primavera, quando aqueles ipês maravilhosos florescem? Isso é o Universo derramando amor, sem medo, sem dó, sem jogo. Agora diz aí: isso consegue ser ruim? Um amor tão puro, sincero e singelo consegue ser ruim? 
   A gente acaba perdendo os detalhes: coisinhas simples que poderiam nos fazer felizes, uma vida inteira (ou várias) mudada por uma palavra que não foi dita, um coração que não foi seu mas poderia ser.  Pra quê, então dar preferência a esses joguinhos de quem ignora mais? Quem fala por último é o vencedor, hoje em dia? Ah, mas que bobagem. Com esses freios sem pé nem cabeça que colocamos em nós mesmos, com essa mania de passar por cima do que a gente quer, acabamos colecionando pedaços das coisas; pedaços das pessoas. Fotos, por exemplo, são muito boas mas o bom, o bom mesmo, é ter participado do momento da foto; ter vivido. E depois passa, como tudo na vida. A gente não precisa colecionar nada, pra quê se encher de tanta coisa desnecessária? 
   Não faz mal mudar de emprego, de roupa, de estilo, de cidade ou de amor. Não faz mal cair sete vezes se o importante é levantar oito. O que faz mal é ficar no emprego que não gosta, usar uma roupa que aperta ou tentar reciclar um amor que há muito já foi enterrado. O que faz mal é iludir a nossa própria alma. Os impulsos que a gente reprime acabam nos derrubando. 
   Até tentei atenuar, diminuir e suavizar. Tentei suportar metades. Paciência. Tentei, mas já aviso logo  que  o êxito não foi atingido. Em contra partida obtive êxito pessoal em descobrir que não vale a pena: não dá para diminuir a nossa própria frequência. Antes se arrepender pelo excesso do que pela falta: de tentativas, erros e acertos. Pra quê manter os pés no chão mesmo tendo asas e querendo voar?


Ane Karoline

   
     A época mais mágica do ano está chegando... A data em que milhares de pessoas irão receber um presente em casa do famoso Papai Noel. Pensando nisso eu e vários outros blogs resolvemos nos juntar para presentear vocês que nos acompanharam o ano todo, e nada mais justo que um sorteio especial para uma data especial. Formamos 5 kits para 5 ganhadores, e cada kit está recheado com livros e alguns mimos. 

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