Foto por: Ane Karoline

   Estive pensando sobre o amor e no quanto nós o distorcemos: quantas coisas a gente faz "em nome do amor"? Bom, se fizermos algo "em nome" do amor (sobretudo, grandes esforços), já deixou de ser. Não estou eu, aqui, tentando levantar uma teoria de que não devemos nos arriscar por quem amamos e nem, tão pouco, escrevendo um roteiro de como amar. Longe disso. Mas devemos ser cautelosos.
   O que me ocorreu para ter essa iluminação filosófica repentina a respeito do amor? Acho que minha mente, que já pensava sobre o dado assunto, atraiu um link de uma carta sincera de um pai para a filha: achei o link por acaso e me dispus a ler (tudo que está relacionado à cartas me chama atenção). Como sei que nem todos lerão a tal carta- e essa não é a minha intenção, tão pouco- vou contextualizá-los. Um pai, ao navegar pela internet (navegar, sim, porque eu sou um dinossauro), notou que havia uma grande busca por coisas do tipo "como mantê-lo interessado em mim?", "como ser atraente?". O pai (um fofo, né) sentiu-se horrorizado e resolveu escrever uma carta para a filhinha dizendo que ela nunca deveria se preocupar com coisas desse tipo, não deveria se preocupar em manter ninguém interessado ou mudar algo em si mesma para despertar interesse em alguém. 
   


   Estive pensando sobre o que nos prende/puxa para trás... É incrível a capacidade de efeito dominó que a vida tem: basta uma coisa ir mal para todas as outras começarem a sair do eixo. É claro que não há como ignorar o fato de que todas as linhas de nossas vidas são totalmente entrelaçadas: se a gente molhar a página de um livro dificilmente não molharemos todas as outras. Mas, venhamos e convenhamos, que boa parte desses desastres em série acontecem pela nossa imensurável capacidade de exagerar tanto nas tristezas.

   Já se imaginou sendo feliz por, pelo menos, 100 dias seguidos? O.K. Pode soar pessimista, mas eu não. Não vou culpar nada e nem ninguém (nem essa vida em sociedade que nos transforma em seres cada vez mais egoístas) por isso mas sempre achei a felicidade algo bem utópico/difícil de alcançar: algo totalmente dependente de acontecimentos alheios ao meu controle. Essa visão de felicidade é, infelizmente, muito comum: a gente não assume a responsabilidade pela nossa própria felicidade para que, afinal, possamos jogar a culpa em alguém quando não a alcançarmos, não é? 
   Bom, felizmente, cansei de ficar sentada me sentindo infeliz e resolvi tomar as rédeas: oras, deixar que a boa vontade do destino controle os meus sorrisos? Nada disso. Mas como nem tudo são flores eu procurei uma ajudinha: me desafiei a ser feliz por 100 dias seguidos. Como? Me cadastrei no desafio #100HAPPYDAYS que consiste em encontrar diariamente, por 100 dias, algo que te faça feliz e fotografar esse algo: independente do que seja. Felicidade encontrada, fotografia pronta é só postar/enviar a foto com a tag para que o site possa contabilizar sua participação e te parabenizar no centésimo dia. 

Não é amor, amor é reciprocidade. O amor te faz rir e pode te fazer chorar, mas não o dia todo. É temporal de felicidade, é querer passar noites acordado pensando na pessoa, é querer sair na rua só para mostrar o sorriso radiante que está surgindo de você. Isso é o amor, o resto é bobeira.

Texto da leitora Maria Eduarda

Agora escritores têm até 28 de fevereiro para enviar seus contos, crônicas e poemas para avaliação e publicação em antologias literárias
Aqueles que desejam se tornar escritores publicados têm agora um novo incentivo para tirar seus escritos das gavetas. A Andross Editora prorrogou o recebimento de textos para avaliação e possível publicação em suas antologias literárias. Qualquer pessoa pode participar. Basta acessar o site www.andross.com.br, ler o regulamento de participação e submeter seu texto à avaliação. As inscrições agora vão até 28 de fevereiro de 2015. O lançamento dos livros será no evento Livros em Pauta, em maio de 2015.


Eis as antologias em andamento: