"Eu te amo." Foi o que eu ouvi enquanto mergulhava naqueles olhos negros, estreitados ao me olhar, vestidos em uma camiseta poída que eu sempre adorei. Eu quis dizer que o amava também. Quis dizer que o amava tão bem! Achei pouco. Dizer "eu te amo" pareceu-me tão pouco, tão pequenininho, tão constrito, tão infinito. Esse tipo de coisa é tão infinita que cabe em um abraço. Dentro de um abraço tem tanto espaço que a gente não precisa dizer nada, até quer mas não precisa. Abraço fala sem sem gritar, balança sem perturbar, aturde sem deixar cair, não acaba antes de nos fazer sorrir. Abraço revela os segredos, que não cabem nas palavras, quando acolhe com o ombro a nossa cabeça que, por vezes, é consumida de pesos. O abraço é o que diz "eu te amo também" quando, no contato físico, os dois corações se encontram. 
Foi assim que resolvi: o abracei, deixando que nossos corações estivessem perto o suficiente para criarem uma melodia juntos. O abracei para que ele, além de ouvir, pudesse sentir meu abraço dizer "eu te amo tão bem". 

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O tempo é maior presente que podemos dar à alguém: obrigada pelo seu. As palavras são afeto derretido, que tal deixar as suas? (Caso tenha um site, para que possamos presenteá-lo com nosso tempo,divulgue-o aqui). Forte Abraço.