Me perdi em meio a tantas, um labirinto."
Jogado em um canto como uma boneca de trapos
Agarrado aos meus farrapos
Caído em meio a uma sala vazia
Aquecido apenas pela luz do dia
Eu era um brinquedo em seus hábeis dedos
compartilhamos tantos segredos
Hoje eu repouso sobre o chão empoeirado
O que resta de mim estraçalhado
O meu exterior reflete a minha dor
Meus olhos vermelhos com ardor
O mundo teve suas cores roubadas
No momento em que nossas memórias foram quebradas
O som já não me me alcança
Meu coração perfurado por uma lança
O dia se vai e traz a escuridão
Quase tão profunda quanto em meu coração
Enquanto o silêncio me conta a verdade
Minto pra fugir da realidade
Você encontrou um novo brinquedo
Dentro de mim criei um rochedo
Desaprendi como se faz para amar
Hoje vejo a vida passar
Vivendo em modo automático
Espero meu momento mágico
Hoje a saudade bateu. E eu, como sempre, apanhei...
Adolfo Rodrigues
Bom texto
ResponderExcluir