Querida amiga, 

Dia desses, li vagamente sobre a teoria dos efeitos e das causas, o que me fez divagar sobre coisas da vida. Lembrei de uma conversa que tive com uma amiga há uns anos e me peguei pensando que o que ela havia me dito, naquele dia, faz realmente sentido. Talvez, uma pessoa confiante demais, segura demais, madura demais, promissora demais, pode tornar-se assustadora demais. É que, na maioria das vezes, alguém inteiro dificilmente está à procura de alguém para completar-se, mas quer alguém que o acrescente. 

E qual seria a solução? Esvaziar-se? Diminuir-se? Se contentar em ser menos? Não. Se tem algo que posso te dizer é: se recuse a ser menos que você mesma. Repita para si aquela história de que "entre nós dois, eu escolho amar a mim". A vida é muito curta e passa muito rápido para vivermos sem amor próprio; e somos muito leves para não amarmos a nós mesmos. Acho que só quando aprendi a me amar de verdade consegui me livrar de tudo o que não era saudável: pessoas, tarefas e lugares. No início, minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje, sei que se chama amor próprio. Não é para ser fria, é para ser cuidadosa. Às vezes, é melhor engolir o seu coração e se amar por dentro. 

Só permita entrar quem for do seu tamanho, já passamos da fase de diminuir para caber em alguém. Repito: não é para ser fria, é para ser cuidadosa.

Com carinho, de alguém que se ama demais para aceitar amores de menos.

Hellen Leite

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