Título: Matilda Savitch
Autor: Victor Lodato
Editora: Intrínseca
Ano de publicação: 2012
Páginas: 312

Nota: 3.5/5


Mathilda Savitch era uma adolescente normal que vivia tranquilamente ao lado de sua família. A vida se resumia em ser feliz e olhar os dias passarem, porém tudo muda quando a sua irmã mais velha, Helene, morre ao ser esmagada por um trem. Essa tragédia marca profundamente cada um dos membros do clã Savitch. A mãe se torna alcoólatra, o pai se fecha em seu mundo particular e Mathilda entra numa espiral de desespero e pânico.

O drama da menina aumenta cada vez mais por ver que os seus pais se fecharam em um mundo de lamúria e auto-piedade, o que afeta ainda mais a sua necessidade de atenção. Para tentar reverter isso ela resolve ser má: corta os cabelos, usa as roupas da irmã falecida, passa noites longe de casa sem avisar, entre várias outras rebeldias. No entanto, quem mais é afetada por tudo isso é a própria Mathilda que, em meio a sua "missão" de acordar os pais da letargia, acaba descobrindo coisas sobre o assassinato da irmã que a  farão questionar sua própria versão do crime e obrigá-la a encarar a verdade, por mais dolorosa que ela seja.

Victor Lodato nos presenteia com um romance de estreia forte e marcante, onde o desenvolvimento da personalidade humana é posto em foco. Como lidar com coisas horríveis quando ainda somos tão frágeis e dependentes? Como ser forte quando ainda não se sabe direito nem do que se trata essa força?
O livro peca por excesso em algumas partes, o que trava um pouco o desenvolvimento da história, mas nada que faça com que ele não mereça ser lido.

No geral, é uma história que te deixará agoniado, principalmente pela incapacidade de resolver os problemas que afligem o mundo. Você se lembrará que é impotente, o que nem sempre é bom, mas pode ser necessário para revermos como temos encarado a vida e o que de fato podemos fazer para tornar esse mundo um pouco menos desagradável.

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