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Há sessenta e sete anos, instalavam-se as primeiras redes de Fast-food no Brasil. As lanchonetes de comida rápida conquistaram tamanho espaço na rotina das pessoas que por vezes são a opção de almoço ou janta, substituindo a tradicional comida caseira. Com rotinas de multitarefas, nos acostumamos com alimentações totalmente industrializadas, sem perceber os efeitos que tais alimentos causam em nosso corpo.

Como um carro que precisa de combustível para funcionar, a espécie humana funciona conforme os alimentos que consome. Ainda assim, o cuidado com a alimentação parece ficar em segundo plano diante de uma sociedade que se orgulha em não ter tempo. Felizmente, nós podemos nos livrar de maus hábitos, ainda que exija tempo e disciplina. Para Charles Duhigg, escritor do livro “O poder de um hábito” “Alguns hábitos têm o poder de iniciar uma reação em cadeia, mudando outros hábitos conforme eles avançam através de uma organização. Ou seja, alguns hábitos são mais importantes que outros na reformulação de empresas e vidas. Estes são os ‘hábitos angulares’ e eles podem influenciar o modo como as pessoas trabalham, comem, se divertem, vivem, gastam e se comunicam. Os hábitos angulares dão início a um processo que, ao longo do tempo, transforma tudo”. O hábito alimentar pode ser considerado um hábito angular, cuja a mudança afeta até o nosso cérebro.

Segundo a coautora do livro “Nutrição Cerebral”, Luciana, o sistema neurológico precisa de gorduras boas para manter o bom funcionamento das células. A ingestão de gorduras trans (algumas vezes presentes em sorvetes, chips, batata congelada, donuts, margarinas, massas industrializadas para bolos, cookies, biscoitos recheados e/ou amanteigados, pipoca de micro-ondas, sanduíches fast-food, nuggets, pizza e outros) intoxica a célula, o que interfere na atividade cerebral. Os aditivos químicos em excesso, presentes em corantes, adoçantes e no glutamato monossódico, entram nos neurônios ocupando o lugar dos nutrientes. Essas substâncias são tóxicas para o neurônio, comprometendo o desempenho cerebral. Segundo especialistas, o excesso desses alimentos pode causar demência, déficit de atenção, ansiedade e depressão.

            O convite que fazemos é para uma alimentação consciente. Por uma semana, preste atenção aos alimentos que ingere e em como você se sente após ingeri-los. Você notará que ao comer fast-food, por exemplo, sentirá satisfação aos dez primeiros minutos, enquanto o açúcar alcança o pico e é liberada dopamina – mesmo efeito proporcionado pelas drogas. Depois disso, você perceberá a fadiga, enquanto o sistema digestivo trabalha arduamente para digerir o alimento rico em gorduras e açúcares. Por outro lado, ao diminuir a quantidade de alimentos processados, você sentirá uma melhora desde o seu nível de energia para realizar as atividades diárias até o funcionamento do seu cérebro. 

Ane Kelly

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